Na página 354, do Capítulo 22, do livro referenciado abaixo, são apresentados cinco Questões Norteadoras para o Trabalho Futuro, questionamentos estes difíceis de serem respondidos, pois exigem certa vivência com o tema
em discussão. No entanto, escolhi as duas últimas questões para refletir um pouco
e socializar a minha reflexão, pois as considero mais próximas de meu dia a dia.
• Como podemos conduzir mais participação e
envolver mais pessoas na revisão e críticas do trabalho dos outros de forma
gratificante e significativa (por exemplo, rever o trabalho dos outros de uma
maneira que os ajudaria a avançar o seu próprio trabalho)?
MINHA RESPOSTA: É necessário
promover mais o trabalho cooperativo, solidário, coletivo, interdisciplinar. Na
sociedade capitalista atual, a COMPETIÇÃO está muito presente, pois cada um
tenta assegurar-se da forma como pode e isso também potencializa o
individualismo. A construção coletiva do conhecimento exige uma nova postura,
pois a partir do momento em que o objetivo passa a ser o enriquecimento
coletivo, a competição não tem mais razão de existir, mas, sim, a COOPERAÇÃO, a
SOLIDARIEDADE, o COMPARTILHAMENTO. É necessário também proporcionar o uso de
plataforma comum, para todas as ferramentas e formas de comunicação, de modo
que todos tenham acesso à criação coletiva do conhecimento. Coletivamente se
produz mais e melhor que individualmente. Citando Rosenberg, temos que a
cultura do compartilhamento do conhecimento é a base para a aprendizagem
colaborativa em ambientes virtuais. Alguns exemplos de espaços virtuais para a construção
coletiva do conhecimento e para o ensino e a aprendizagem cooperativos são:
criação de Comunidades Virtuais de Aprendizagem, de Redes Virtuais de
Aprendizagem, de Comunidades de Práticas, criação de Laboratórios de Mídia do
Conhecimento, de Galerias de Ensino e Aprendizagem, além de outros.
REFERÊNCIA
IIYOSHI, Toru;
RICHARDSON, Cheryl R. “22 – Promovendo a construção e o compartilhamento do
conhecimento habilitado pela tecnologia para inovações educacionais abertas
sustentáveis.” p. 337 – 355. In:
IIYOSHI, Toru; KUMAR, M. S. Vijay. Educação
aberta: o avanço coletivo da Educação pela tecnologia, conteúdo e conhecimento
abertos. UNIP/ABED/CERED, 476 p. Acessado em 29/09/2014. A disponibilidade
desta edição livre (Creative Commons) só foi possível graças ao apoio da
Fundação Carnegie para o Avanço do Ensino.
CORTELAZZO, Iolanda
Bueno de Camargo. Educação aberta e redes de aprendizagem. Livro 4. Conexões para o desenvolvimento
profissional. Semana 4 do Curso INTEDUC – Inovação e Tecnologias na
Educação. Curitiba: UTFPR, 2018 – 16p. Acessado em junho de 2018.
• O que é preciso para construir e apoiar
redes de projetos educacionais, organizações, escolas e centros de ensino e
aprendizagem, a fim de capacitá-los a compartilhar os seus conhecimentos e
experiência locais globalmente, de forma que se tornem práticos e úteis em um
contexto local?
MINHA RESPOSTA: Em primeiro lugar,
é preciso “vontade política”, ou seja, é preciso criar o desejo entre todos de
participar de tais espaços virtuais. Penso que ainda não existe a cultura do
compartilhamento virtual e da construção coletiva do conhecimento. A prática
interdisciplinar nos colégios e instituições de ensino poderia colaborar, e
muito, com essa construção coletiva. Por outro lado, os professores vivem
sobrecarregados com alto número de horas/aula, não tendo tempo para pensar em
outra coisa, que não a de dar conta da sua rotina. A redução das horas-atividades
pelo Governo do Estado, a falta de reajuste salarial anual e a “inflação tácita”
os obriga a essa sobrecarga. É preciso mudar completamente a atual estrutura do
ensino público para poder pensar em espaço virtual de construção coletiva. É
preciso muito investimento e priorização da Educação para que isso aconteça. Em
qual tempo isso seria feito? Esse trabalho contaria como carga horária? Qual é
a estrutura tecnológica que os colégios oferecem para este trabalho? A própria
implantação do RCO – Registro de Classe On-line – fica na dependência da
infraestrutura que o próprio professor possa ter, pois não há tempo, nem
condições, disso ser feito no horário de aula, no colégio. Estamos muito longe
da realidade virtual de ensino-aprendizagem, mas é preciso sonhar. Um dia
chegaremos lá. Quem sabe ainda no Século XXI.
REFERÊNCIA
IIYOSHI, Toru;
RICHARDSON, Cheryl R. “22 – Promovendo a construção e o compartilhamento do
conhecimento habilitado pela tecnologia para inovações educacionais abertas
sustentáveis.” p. 337 – 355. In:
IIYOSHI, Toru; KUMAR, M. S. Vijay. Educação
aberta: o avanço coletivo da Educação pela tecnologia, conteúdo e conhecimento
abertos. UNIP/ABED/CERED, 476 p. Acessado em 29/09/2014. A disponibilidade
desta edição livre (Creative Commons) só foi possível graças ao apoio da
Fundação Carnegie para o Avanço do Ensino.
CORTELAZZO, Iolanda
Bueno de Camargo. Educação aberta e redes de aprendizagem. Livro 4. Conexões para o desenvolvimento
profissional. Semana 4 do Curso INTEDUC – Inovação e Tecnologias na
Educação. Curitiba: UTFPR, 2018 – 16p. Acessado em junho de 2018.